
Se tem por hábito sentir uma súbita falta de energia e foco, talvez deva ponderar a questão que deu origem a este artigo.
Esta introdução destina-se principalmente às mulheres que treinam. Sim, porque não é por manter uma boa rotina de exercício físico, comer bem e dormir as devidas horas que está livre de certos perigos que possam por em causa a sua saúde.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, falta de ferro está entre os problemas mais comuns a nível nutricional. Estima-se que afete entre 12 e 15% da população mundial entre os 15 e os 50 anos. Desta percentagem, as causas mais comummente apontadas são uma dieta desequilibrada ou corrimento menstrual excessivo. A par disso, também o exercício físico pode ter uma ponta de culpa, um aspeto sobre o qual a grande maioria das mulheres não está ciente, segundo apontou um estudo de 2016 mencionado pela Women’s Health dos Estados Unidos. O facto de ser um problema com efeitos graduais, que se possam dever a outras causas é o motivo por que as mulheres raramente o associam aos treinos.
Na verdade, é um ciclo vicioso: uma mulher que por algum motivo esteja mais propensa a sofrer de défice de ferro pode sentir o seu treino prejudicado. Manter o mesmo exercício físico sem alterar nada na rotina, traz no entanto várias consequências a nível da saúde.
O que diz a ciência
Comecemos por perceber a que se parece a falta de ferro. O ferro é um mineral vital à energia celular, ao sistema imunitário e à produção de hemoglobinas, responsáveis por levar oxigénio a todo o corpo. Ora, quem tem deficiência deste mineral, sofre pela incapacidade de transporte de oxigénio, o que dificulta a performance em qualquer tipo de treino.
Além disso, a carência de ferro deixa-a mais propícia a infeções, já que o sistema imunitário é posto em causa, e mais fraca no geral, o que aumenta o risco de lesão durante o treino. Manter a prática de treino sem fazer por resolver esta questão só aumenta estes riscos, pois durante a transpiração irá perder este mesmo mineral, reduzindo as reservas que possa ter do mesmo.
A solução?
Aos olhos de Richards, investigador da University College London, um tratamento eficaz é aquela quem tem vindo a testar com a sua equipa de investigação, numa amostra de corredores. Consiste numa avaliação médica que contabiliza a perda de ferro de cada caso após a qual o mineral é reposto no organismo. Um processo que carece de repouso de vários antes de se voltar aos treinos. No entanto, este é um tratamento bastante restrito e que tem um custo insuportável pela maioria – cerca de 550€.
Mas esta não é de todo a única opção. Caso se confirme – após análises e diagnóstico médico – que sofre de falta de ferro, o melhor será procurar aconselhamento nutricional. Isto numa primeira fase, que confirme se está a seguir uma alimentação equilibrada neste sentido. Se estiver e mesmo assim os níveis de ferro não melhorarem, será também o especialista a prescrever o devido suplemento.
Percorra as imagens da galeria para confirmar os sintomas mais comuns a quem sofre deste mal. Este é pois o primeiro passo antes de procurar a confirmação médica.
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Artigo via Women’s Health