
Sente-se sempre cansada? Então fique desde já a saber que a fadiga crónica é um dos problemas de saúde mais comuns dos dias de hoje. Não chega a ser uma doença em si, mas sim uma condição física e mental que interfere grandemente com o bem-estar, produtividade e qualidade de vida da pessoa.
A sensação constante de fraqueza, o cansaço ao acordar, a confusão mental e a apatia são alguns dos sinais de alerta mais comuns, mais tão ou mais importante do que conhecer os sintomas é perceber quais são as causas.
De acordo com Patrick Holford, autor do livro Saúde pelos Alimentos [editado recentemente em Portugal pela Marcador] – obra em que revela o verdadeiro poder da alimentação e dos nutrientes na prevenção e combate das mais variadas doenças e condições –, são várias as possíveis causas de doença crónica. Deficiências nutricionais, problemas de glicémia e desregulamento suprarrenal são alguns dos fatores a ter em conta.
Além da importância de fazer um derradeiro ajuste na alimentação, o nutricionista britânico sugere no seu livro cinco passos essenciais para travar a fadiga crónica (que, em situações mais extremas, pode dar origem à síndrome da fadiga crónica). São eles:
- “Equilibrar a glicemia”;
- “Verificar a tiroide”;
- “Verificar a existência de problemas digestivos ou de alergias alimentares ocultas”;
- “Verificar o potencial de desintoxicação hepática”;
- “Verificar a homocisteína e melhorar a metiliação”.
Os nutrientes que jamais podem faltar na alimentação
Uma vez que a alimentação é o combustível do nosso corpo e a base da boa saúde – ou falta dela –, Patrick alerta quais os alimentos a privilegiar e aqueles que devem ser evitados, sob a pena de agravar ainda mais os sintomas de cansaço constante.
Diz o especialista em Nutrição que os melhores alimentos para este tipo de condição são os “vegetais, especialmente verduras e crucíferas (brócolos, couves-de-bruxelas, repolho, couve-flor, couve-frisada), peixe, especialmente peixes azuis (salmão, cavala, arenque, sardinha), cereais isentos de glúten, tais como o arroz integral, quinoa e aveia, frutos silvestres, oleaginosas e sementes cruas, cebola roxa e alho”.
Quanto aos alimentos a excluir ou, pelo menos, a evitar encontram-se o “açúcar, os alimentos processados, a gordura e carnes queimadas, os laticínios, o trigo e a levedura”.
Quando a alimentação não se mostra suficiente e a mudança de hábitos pouco impacto parece ter (importa salientar que a prática de exercício físico é fundamental para a boa saúde e para o combate ao stress e cansaço), pode ser necessário recorrer a suplementos alimentares, embora estes devam ser recomendados por um especialista, para que a toma não seja feita de forma desnecessária e potencialmente prejudicial à saúde.
É certo e sabido que os suplementos podem ser aliados nos casos de carência nutricional – uma das causas para a fadiga crónica – e, deste modo, Patrick Holford recomenda a vitamina B, o zinco, o magnésio e a vitamina C. A toma de “enzimas digestivas, probióticos e glutamina” pode também ser benéfica.
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