“Perceber que tinha um distúrbio alimentar foi a melhor coisa que podia ter acontecido à minha saúde”.
Artigo escrito na primeira pessoa por Sara Thatcher
Cresci numa casa com baixos rendimentos e, por isso, a comida saudável não estava muito presente. Comia o que tinha e só quando me tornei adulta é que percebi que estava comer muita comida barata e pouco saudável. As coisas pioraram bastante quando, aos 17 anos, comecei a trabalhar no McDonald’s.
Durante essa fase, comia enquanto trabalhava e no caminho para casa comia mais um pacote de bolachas, que começava e acabava no carro. Comia às escondidas e depois comprava ainda mais comida. Quando dei por mim estava a pesar 160 kg.
Aos 23 anos, a mudança
Aos 23 anos, aprendi os sinais e o que despoletava o meu problema com a comida (eu comia em segredo e fazia-o mais quando estava emocionalmente em baixo). Por isso, quando foi hora de começar a perda de peso, sabia o que é que tinha de controlar.
As coisas mudaram no dia 1 de setembro de 2016, quando uma amiga me ligou a convidar-me para me juntar a um grupo online saudável. Disse logo que sim, porque, finalmente, estava pronta. Estive nesse grupo durante dois meses e delineie os meus objetivos. Cada vez que atingia um deles, dava a mim própria uma recompensa como uma mala nova ou uma garrafa de vinho cara.
Comecei a substituir as refeições por batidos de proteína e perdi cerca de 17 kg. Mas, depois de um mês ou dois, percebi que uma mudança efetiva na minha vida não podia incluir fazer dietas, especialmente devido à minha relação emocional com a comida. Se estou a fazer algo muito restritivo, vou compensar ao comer demasiado.
Por isso, comecei a comer de forma mais saudável, a fazer uma alimentação mais coerente (o que significava que o fast food e as bolachas estavam proibidos) que não me fazia sentir restrita. Foquei-me em incorporar cereais integrais, vegetais e carnes magras na minha dieta e aprendi a construir os pratos de que sempre gostei, de forma mais saudável.
O que eu como num dia
Pequeno-almoço: papas de aveia proteínas ou claras de ovos com espinafres e duas fatia de pão integral baixo em calorias.
Almoço: Frango com brócolos assados no forno.
Jantar: Camarão grelhado (que eu sempre adorei) e uma salada.
“Tive de começar a praticar exercício físico devagar, porque antes de perder peso era uma pessoa muito sedentária”.
Comecei a fazer treinos de 10 a 15 minutos, em casa, que tinha encontrado na internet. Após cerca de cinco meses, comecei a fazer treinos de 30 minutos na elíptica e depois comecei a um ginásio perto de casa, que estava aberto 24 horas por dia. Nesta fase já tinha perdido cerca de 25 kg e o facto de ter entrado para o ginásio mudou por completo a minha vida.
Depois de começar a treinar no ginásio, comecei a vender peso de verdade, muito mais rapidamente do que o que estava a acontecer até aí. Comecei a levantar pesos, seguindo treinos online, a ir a aulas e a treinar com um personal trainer.
O meu gosto pelo desporto cresceu de tal maneira que, hoje, dou aulas no ginásio, duas vezes por semana. Sou instrutora de ‘full-body workouts’, que incluem treinos de alta intensidade, levantamento de pesos e uma excelente playlist para os acompanhar. Isto vem de uma rapariga que costumava esconder-se no fundo da sala.
“Eu gostava de mim quando pesava 160 kg e essa foi a única razão pela qual eu consegui mudar a minha vida e perder peso”.
No final das contas, perdi 65 kg. Não foi um processo fácil, mas quando tomei a decisão de mudar a minha vida, nunca mais olhei para trás. A maior lição foi aprender a levar um dia de cada vez. Não é fácil jantar fora com amigos que não contam calorias, viu viver com alguém que come batatas fritas e doces.
Mas, desde que me apercebi de que eu não preciso de ser perfeita, tornou-se mais fácil gostar de mim própria durante esta viagem, como gostava de mim quando tinha excesso de peso. É por isso que tento comunicar com outras pessoas, para que se sintam inspiradas a mudar as suas vidas também!
Artigo via Women’s health
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