
Hormonas, aqueles compostos químicos do corpo humano que tanto atormentam as mulheres. A culpa é das hormonas! E é mesmo… até no que diz respeito à alimentação.
“As hormonas, mensageiras químicas presentes na corrente sanguínea, têm um papel essencial na regulação do equilíbrio do nosso organismo e, especialmente, da nossa alimentação, influenciando o apetite e escolhas alimentares”, começa por explicar à Women’s Health a nutricionista e coach Ana Rita Santos.
Por interferirem na fome – ou simples vontade de comer -, as hormonas são as responsáveis pelo hábito de “nos premiarmos ou compensarmos as nossas necessidades emocionais”.
“Tal acontece porque a comida liberta várias hormonas que geram prazer, relaxamento e bem-estar, podendo mesmo tornar a pessoa viciada em determinados alimentos”.
E isto acontece porque “a dopamina, por exemplo, é libertada sempre que comemos algo que queremos muito, ativando as mesmas áreas que determinadas drogas no nosso cérebro”.
O verdadeiro papel das hormonas na alimentação
“As hormonas permitem compreender a escolha de determinados alimentos quando as pessoas estão, por exemplo, nervosas ou irritadas”.
Segundo a especialista, “quando estamos mais stressados, muitas vezes optamos por alimentos crocantes porque o movimento da mandíbula, ao mastigar, liberta um conjunto de hormonas que relaxam o corpo”.
Também os doces “são muitas vezes os escolhidos nestes momentos por estarem associados a momentos felizes das nossas vidas”, revela.
Assim, esclarece, “torna-se importante compreendermos de que forma as hormonas regulam o apetite e o que potencia a sua libertação”:
- Insulina – “Libertada quando comemos hidratos de carbono ou quando estamos em jejum há mais de 4 horas. Em excesso, esta substância provoca o desejo de comer doces e potencia o acumular de gordura”.
- Grelina – “Produzida no estômago, é a responsável por indicar quando temos fome e quando estamos saciados”.
- Cortisol – “É ativado quando estamos em situações de stress, favorecendo o aumento de gordura abdominal e a retenção de líquidos”.
- Leptina – “Produzida pelo tecido adiposo, indica ao organismo a necessidade de comer mais quando as reservas de gordura são baixas e de comer menos quando estas são elevadas”.
- Glucagon– “A hormona contrária à insulina, atua quando ingerimos proteína, sendo por isso importante incluir este macronutriente nas refeições diárias”.
“Desta forma, é possível explicar, por exemplo, por que motivo temos vontade de comer doces quando estamos de mau humor: As hormonas são as culpadas”.
“Os hidratos de carbono facilitam o transporte de uma substância chamada triptofano, importante para a produção de serotonina, o neurotransmissor do prazer e da felicidade. Isto leva a que o nosso corpo peça doces nestas situações”, frisa a especialista da PronoKal Group.
Dicas para não ser refém das hormonas
Uma vez que não existem dois organismos iguais e que cada pessoa reage de forma distinta às suas hormonas e aos alimentos ingeridos, importa perceber junto de um especialista qual o melhor caminho a seguir para que as hormonas não sejam as culpadas pela perda ou ganho de peso.
Porém, Ana Rita Santos dá a conhecer três estratégias infalíveis:
- “Fazer uma dieta hormonalmente correta, ou seja, incluir proteínas em todas as refeições do dia, pois esta estimula a secreção de glucagon, a hormona contrária à insulina, o que equilibra o açúcar no sangue. Desta forma, evitam-se os picos que nos fazem comer doces para compensar a falta de açúcar”.
- “Evitar a comida de conforto, por norma nada saudável. Para isso, o melhor é adaptar o paladar à necessidade. Por exemplo, quando fizer um bolo, corte na quantidade de açúcar. Assim, em tempos de fraqueza emocional, terá a possibilidade de satisfazer o desejo e, ao mesmo tempo, dosear a ingestão de açúcar”.
- “Em momentos de grande ansiedade, o que funciona melhor é combinar uma fonte de proteína e cálcio, por exemplo um iogurte, com uma fruta da estação, rica em fibras, vitaminas e minerais. A combinação da proteína do iogurte com o sabor fresco da fruta ajuda-nos a sentir saciados sem o consumo excessivo de calorias”.
Os conselhos da especialista:
Sabe-se que a atividade da insulina é máxima ao meio-dia e bastante reduzida após as sete horas da tarde. É por isso que é melhor ingerir hidratos de carbono ao meio-dia, como o pão, arroz e a batata, e ingerir apenas a proteína acompanhada de vegetais ao fim do dia.
Jantar depois das 21h30 altera o ritmo hormonal e produção da melatonina, a hormona do sono, que por sua vez destabiliza a insulina, favorecendo o aumento de açúcar no sangue e a gordura corporal.
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