Vivemos numa era em que as redes sociais dominam os nossos dias, os nossos gostos, a nossa forma de estar. Vivemos numa era em que nem sempre somos capazes de diferenciar a realidade da ficção, o natural do retocado, a história da estória. Mas vivemos numa era em que, unidos, ainda é possível contornar isso tudo. E foi o que a Women’s Health fez em outubro.
Através do movimento #oMeuCorpo – enquadrado na iniciativa mundial Naked Issue que todas as revistas Women’s Health fazem anualmente – decidimos celebrar o corpo da mulher tal como é, com estrias, cicatrizes, rugas, gordura, magreza, oscilações constantes de peso, pele envelhecida, etc. Decidimos criar uma ode à mulher e, felizmente, não faltaram mulheres a dar voz por elas próprias.
A primeira foi a atriz Sofia Ribeiro, protagonista da edição de outono da revista. Nua de preconceitos, ideais de beleza ou falsos realismos, Sofia provou que é possível ver a luz ao fundo do túnel, procurar a bonança depois da tempestade. Mas provou, sobretudo, que é possível amar o próprio corpo mesmo quando este não nos dá ouvidos ou fica aquém do desejado.
“As mulheres devem unir-se, ponto. Apregoamos muito esta coisa do girl power, do juntas somos mais fortes, mas a verdade é que, na maior parte das vezes, somos nós as mulheres a criticar e a atacar outras mulheres. A união, a meu ver, não deve ser uma bandeira que é giro defender porque está na moda. Ou porque é porreiro dizer que se é feminista. Ser feminista é defender oportunidades e direitos iguais. E se aos homens não lhes é exigido o mesmo que a nós, então, sim, devemos unir-nos para despertar consciências nesse sentido”, disse a atriz em entrevista.
#oMeuCorpo
Depois de Sofia Ribeiro, foram muitas as mulheres que decidiram gritar ao mundo o quanto amam o próprio corpo, os próprios defeitos e a própria história. Pelo Instagram, são já centenas as publicações com a hashtag #oMeuCorpo. E foi o que fizeram Catarina Oliveira – numa prova viva de que a cadeira de rodas não tem de ser um entrave, como pode ver aqui – e Paula Leite – que viu na sua fraqueza física a força para ajudar os outros, como nos contou aqui. Mas não só, também Andreia Lima decidiu desafiar os padrões de beleza corporal ao mostrar a sua bela (e dura) realidade.
Foram muitas as portuguesas que provaram que não há corpos perfeitos, mas, sim, corpos reais, sejam eles mais ou menos fit. Cada mulher tem o seu corpo, a sua beleza e a sua essência. E cada mulher deve respeitá-lo ao máximo – assim como deve respeitar todos os outros corpos existentes.
Mas o caminho é ainda longo e as recentes críticas ao corpo de Júlia Palha são a prova disso mesmo. Mas atriz usou a arma mais poderosa de todas: a consciência. Em entrevista à Women’s Health, como protagonista da edição de inverno, a também apresentadora volta a bater na mesma tecla, a da união das mulheres.
“Eu gosto de mim como sou! Que eu nunca me esqueça disto e que nunca deixe os padrões guiarem-me. Que eu nunca me deixe levar pelo hipoteticamente bonito. Que eu e todas as mulheres nunca deixemos fugir a nossa essência, pois é o que nos torna a todas diferentes e especiais”, diz-nos.
Mais recentemente, foi a vez de Rita Pereira se mostrar ao mundo tal como está, no último mês de gravidez e com todas as mudanças corporais que isso traz- e que muitas vezes mexem com a autoestima da mulher. A atriz decidiu celebrar a beleza da maternidade e do corpo da mulher durante a gravidez numa sessão fotográfica.
Como o movimento #oMeuCorpo ainda está a dar os primeiros passos, deixamos aqui um desafio para 2019: celebre a beleza da singularidade da mulher! Partilhe imagens de amor-próprio, união e compaixão no Instagram com a nossa hashtag #oMeuCorpo. Até lá, percorra as imagens acima e inspire-se em todas as portuguesas que já o fizeram.
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