
Apreciado por miúdos e graúdos, o chocolate assume-se como a guloseima preferida um pouco por todo o mundo. Porém, é também a iguaria doce que mais facilmente é excluída de um plano alimentar de emagrecimento. Mas não tem de ser assim.
“Muitas vezes, mais vale comer um bocadinho de chocolate do que andar a pensar em doces o dia todo. Mas atenção: Tudo depende do tipo de chocolate (teor em cacau) e da quantidade que se ingere”, começa por explicar à Women’s Health a nutricionista Rita R. Almeida.
Mas podemos comer todo e qualquer tipo de chocolate? Não necessariamente. Embora o equilíbrio deva ser sempre a palavra de ordem em qualquer regime alimentar – desde que respeite as necessidades de cada pessoa -, a verdade é que, no que diz respeito ao chocolate, mais vale apostar na qualidade do que na quantidade.
“Aquele que é mais recomendado é o chocolate preto com pelo menos 70% de cacau”, diz a nutricionista, explicando que “é de fácil aceitação, mas, dependendo do gosto pessoal, existem teores mais elevados ainda mais recomendados nutricionalmente”.
Como escolher o melhor chocolate?
Em primeiro lugar – e gostos à parte – há que ler atentamente o rótulo.
Segundo a especialista, “os ingredientes estão por ordem de quantidade, o primeiro está em maior quantidade no produto e assim por diante. Por isso, sempre que a palavra açúcar ou gorduras trans esteja nos 3-4 primeiros ingredientes, não é bom sinal”.
Mas não fique refém da palavra açúcar no rótulo, pois esta pode aparecer disfarçada num outro nome – e nem sempre percetível. É o cado de “palavras que terminem em -ose (frutose, glicose, dextrose, etc.), maltodextrina, xarope de…, mel, melaço, açúcar de cana e caramelo”.
Na hora de ler atentamente o rótulo importa ainda enumerar a quantidade de ingredientes que compõem o chocolate. E aqui, “quanto mais ingredientes tem, mais processado é o produto. Especialmente quando constam ingredientes difíceis de se pronunciar”.
Mas tenha também “atenção às gorduras trans. Não compre nada que contenha gorduras hidrogenadas ou gorduras parcialmente hidrogenadas”, alerta a nutricionista Rita R. Almeida – que pode acompanhar no Instagram.
Lado a lado
Na próxima ida ao supermercado, coloque os chocolates lado a lado e analise os rótulos de forma a compará-los. Irá perceber, por exemplo, que o alto teor de cacau nem sempre significa que o produto seja saudável, pois o açúcar pode aparecer logo na segunda opção e até mesmo vir acompanhado de gorduras.
Além disso, existem sempre opções que se rotulam como 0% de açúcar, contudo, facilmente irá perceber que a palavra açúcar surge com outros nomes (como os acima mencionados), algo que, por si só, faz com que este chocolate não seja uma opção.
“Prefiro recomendar um chocolate com 85% cacau, que ainda que tenha açúcar, este é em menor quantidade, do que este que está adoçando com edulcorantes artificiais e stevia (natural)”, explica a nutricionista – que pode acompanhar no Instagram (@nutricionista_rita_r_almeida).
Se o açúcar aparecer em quarto lugar ou até mesmo depois disso é o ideal, visto que serão privilegiados alimentos como o cacau, a pasta de cacau, a manteiga de cacau e até mesmo o cacau magro.
“Não sendo extremamente amargo como o chocolate com 98% de cacau, [a versão de 85%] é fácil de comer e tem a porção ideal de açúcar vs. gorduras boas do cacau”.
+WH: “A dose diária de 2-3 quadrados irá ajudar a controlar o seu apetite por doces e assim cumprir melhor o seu plano alimentar de emagrecimento”.