As algas são uma excelente fonte alternativa de proteína, fibra, lipídios, vitaminas e minerais.
São, por isso, vistas como uma alternativa alimentar com particular interesse nutricional.
A sua inclusão numa alimentação equilibrada deve no entanto ter em consideração um consumo ponderado e em quantidades aceitáveis.
Com variações de níveis nutricionais entre espécies, nas algas encontrará cálcio, potássio, magnésio, sódio, cobre, ferro e iodo, além de várias vitaminas
Ao apostar nesta proteína, estará a contribuir para a sustentabilidade alimentar.
Além da área da alimentação, as algas começam a ganhar também destaque na farmacêutica e cosmética
Em 10 anos, a sua produção a nível mundial passou duplicou. Só em Portugal, em 2017 produziu-se 952,3 toneladas de algas agarófitas.
As principais regiões de produção nacional são da foz do rio Mondego até ao norte da Foz do Arelho; os Açores e a zona sul da Foz do Arelho até ao norte do Cabo da Roca.
Recorde-se que, em 2015, um grupo de cientistas apresentou uma alga semelhante à espécie ‘dulse’ que foi desenvolvida por 15 anos pata ganhar um sabor semelhante ao de bacon. Assemelha-se a uma alface vermelha e o autor desta investigaçãoo, Chris Langsdon garante que tem o dobro do valor nutricional de uma couve.
Como exemplo, as algas podem ser consumidas ao pequeno-almoço sob a forma de spirulina. Misture num copo misturador 5g de spirulina com banana congelada, 50g de espinafres e 100g de iogurte grego magro. Deite numa taça e junte flocos de aveia, kiwi e amêndoas ou avelãs.
Ao almoço, prepare uma salada de couscous com beringela, couve galega, courgete, salsa, atum e alga dulse tostada
Por fim, a sugestão para o jantar passa por uma sopa miso, que conta com alga nori, seguida de arroz com alga wakame e sultanas.
Embora seja cada vez mais comum os locais onde possa comprar algas para fins alimentares, a indústria tem feito por incluir este alimento em produtos comuns do nosso quotidiano como no pão, azeite, massa, bolachas ou mesmo no sal.
Deve-se ter em consideração a sua boa conservação. Se forem frescas, as algas não devem ser guardadas mais do que 3 dias.
Os produtos mais resistentes, poderão no entanto aguentar até 8 dias.
Porquê incluir algas marinhas na nossa alimentação diária? Porque está mais que na hora de procurar proteína alternativa à carne. Assim o diz a Associação Portuguesa de Nutrição (APN) e os números não metem. Em Portugal regista-se um consumo cada vez maior deste tipo de alimento.
Aliás, hoje, a União Europeia ocupa o segundo lugar a nível de importação de produtos de algas marinhas. Há frente da UE, ficam apenas os países asiáticos. Ainda assim, o alimento é visto por muitos com desconhecimento, algo que a APN quer mudar com o E-Book que acaba de lançar. ‘Algas a gosto: Considerações nutricionais e de saúde’ é o título da publicação onde qualquer português terá à distância do dedo toda a informação que facilite a inserção de algas na sua rotina alimentar.
E porque são cada vez mais a renderem-se aos seus benefícios, vale a pena conhecer o porquê. Percorra as imagens da fotogaleria que acima lhe apresentamos e considere esta ‘nova’ proteína.