
Porque é que os jogadores de andebol podem jogar de calças, mas as jogadoras têm de usar biquíni? É essa a pergunta que muitas pessoas têm feito há anos, ainda mais quando as próprias atletas apresentaram uma queixa formal à Federação Internacional de Andebol, alegando tratar-se de uma regra injusta e sexista.
Neste verão, a polémica voltou a incendiar as redes sociais. A equipa norueguesa de andebol de praia recusou-se a jogar em biquíni durante o Campeonato da Europa. Um ato de protesto contra uma regra do regulamento que consideravam ultrapassada e com a qual se sentiam “desnecessariamente sexualizadas”, explicaram. As norueguesas jogaram de calções e por isso foram penalizadas com uma multa, algo que provocou a indignação de outros jogadores e mulheres em todo o mundo. Tanto que até a cantora Pink se ofereceu para pagar a sanção como uma demonstração de apoio.
Mas a união faz força. E os protestos tiveram o seu fruto: a Federação Internacional de Andebol (IFH) decidiu mudar a regra da roupa, eliminando o biquíni e substituindo-o por um top e calções: “O uniforme da equipa feminina consiste num top sem mangas ajustado ao corpo, calções apertados e acessórios permitidos”, pode agora ler-se nos regulamentos.
A decisão de eliminar o biquíni está agora no mesmo caminho que outras disciplinas como o voleibol de praia, que desde 2012 permite que as jogadoras compitam em biquíni e calções.