Existem mais fontes de problemas no que toca a esta proteína do que aquelas que seriam de esperar. De acordo com a Associação Portuguesa de Celíacos, em Portugal existem cerca de 15 mil pessoas diagnosticadas com a doença celíaca, mas a mesma fonte estima que o número de intolerantes ao glúten chegue a atingir 1% da população (cerca de 100 mil pessoas).
Enquanto também algumas celebridades começaram a adotar uma dieta isenta de glúten devido aos possíveis benefícios no que toca à perda de peso, eliminar este grupo de alimentos não vai ter resultados extremamente visíveis na zona da cintura. E este processo é ainda menos eficaz se não eliminar os alimentos processados da sua alimentação.
Posto isto, se é uma das pessoas que sofrem de intolerância ao glúten, então seguir uma dieta totalmente isenta é essencial para o seu bem-estar físico. Isto, porque não existe melhor forma de controlar os sintomas – como inchaço, gases diarreia e até dor abdominal – do que prevenir. E seguir uma dieta deste tipo tem mais implicações do que simplesmente evitar atacar o cesto do pão. De facto, existem vários alimentos que são verdadeiras fontes de glúten mascaradas, como o molho de soja, as batatas fritas e até alguns molhos para saladas.
O principal risco é a contaminação e, para balançar a dieta, o melhor é aconselhar-se com um nutricionista certificado para criarem, em conjunto, um plano alimentar que se adeque ao seu estilo de vida e às necessidades nutricionais.
Veja na galeria os erros mais comuns de quem segue uma dieta isenta de glúten, sem aconselhamento especializado.
Veja na galeria os erros mais comuns de quem segue uma dieta isenta de glúten, sem aconselhamento especializado.
Segue uma dieta isenta de glúten, mas não é intolerante
Se não é celíaca então não deve excluir o glúten da sua alimentação. Ainda que essa mudança a possa fazer sentir-se bem, este estilo alimentar apenas deve ser realizado para alguém com problemas efetivos na síntese desses componentes. Ao eliminar alguns alimentos que contêm glúten está a eliminar fontes de nutrientes e vitaminas perfeitamente válidas. Tente cortar nos alimentos processados e coma mais fruta e vegetais para garantir que a sua dieta é equilibrada.
Come demasiados alimentos processados
Bolachas, bolos, pão, massas... É um sem fim de alimentos isentos de glúten, mas apesar de serem opções viáveis para quem é intolerante, não são os mais saudáveis. Em alguns casos estes alimentos chegam a ser aditivados com açúcar e outro tipo de farinhas. Opte por alimentos que sejam naturalmente isentos de glúten como o feijão, as nozes ou sementes, além de produtos lácteos.
Não lê os rótulos cuidadosamente
Para ter sucesso em qualquer regime restritivo tem de saber ler os rótulos. O glúten é uma proteína encontrada em alguns cereais, por isso esteja alerta quanto ao trigo, cevada, centeio, espelta, aveia e gérmen de trigo. Alguns destes componentes podem até ser encontrados no vinho e na cerveja, daí precisar de ter cuidados redobrados.
Está a perder nutrientes essenciais
Numa dieta isenta de glúten não precisa de eliminar todos os grãos. A quinoa, o millet e o arroz, por exemplo, podem ser mantidos, ainda que as opções sejam mais limitadas. Nutrientes e minerais como o zinco, o ferro, o cobre e o magnésio são encontrados nestes produtos, pelo que é fundamental encontrar fontes alternativas.
Contaminação
Este é um dos principais riscos de comer em restaurantes e cafés. Por isso, escolha pratos que tenham especificamente a indicação de serem isentos de glúten e tenha especial cuidado com as entradas. Pergunte ao funcionário todos os ingredientes dos molhos e que tipo de farinhas usam na sua confeção para garantir que não há contaminação.
Culpados sem culpa
Alguns produtos de higiene podem não ser isentos. Pasta de dentes, elixir bocal, batons, bálsamos labiais ou até alguns medicamentos podem conter glúten. Os sintomas de reação adversa podem revelar-se na pele, com dermatites e pode ter a ver com o uso de produtos tópicos e não com a comida propriamente dita.