
A sua vagina é um órgão delicado que deve ser tratado com cuidado. Afinal, só tem uma. Quando estamos a falar sobre cuidados também nos referimos ao seu aspeto e aparência que, para muitas mulheres, tem uma importância significativa para a sua autoestima.
Por esse motivo é que algumas mulheres recorrem ao branqueamento vaginal. “Tal como o corpo de uma forma geral envelhece, a vagina e a vulva não são exceção, e por essa razão algumas mulheres procuram contrariar e adiar esse processo. O branqueamento vaginal é uma das formas de tornar a zona genital aparentemente mais jovem”, diz-nos a sexóloga Vera Ribeiro.
Afinal, o que é o branqueamento vaginal?
De acordo com Luís Uva, dermatologista na clínica Personal Derma, o branqueamento genital “consiste no branqueamento dos grandes lábios, virilhas e região perianal. Desta forma, é possível remover as células superficiais da pele da epiderme, onde muitas vezes existe excesso de pigmentação. O resultado é uma pele mais clara, firme e com aspeto mais jovem”, diz.
É seguro?
O procedimento pode ser feito através de laser ou com peeling e tem a duração de uma sessão de cerca de 20 minutos. “É um tratamento seguro, indolor e com alto grau de satisfação por parte das mulheres. Há poucos riscos associados ao branqueamento genital, especialmente quando é realizado por profissionais competentes, como os médicos dermatologistas”, explica Luís Uva.
Os riscos que podem surgir são “o aumento da sensibilidade e irritação local ou infeções. Em raros casos se a pele não for bem preparada ou se o paciente tiver a pele mais escura, poderá sofrer a reação adversa de aparecer manchas de hiperpigmentação pós inflamatórios no local”, acrescenta o especialista.
Quais são os cuidados a ter?
Após o branqueamento é necessário fazer uma lavagem duas vezes ao dia na zona tratada e aplicar um produto (indicado pelo especialista) revitalizante e cicatrizante à noite.
Além disso, “é aconselhável a abstenção sexual durante 1 ou 2 dias, dependendo da profundidade do peeling usado e da reação da pele de cada paciente ao próprio procedimento”, afirma Luís Uva.
Tem influência nas relações sexuais?
De acordo com a sexóloga Vera Ribeiro, o desconforto com o próprio corpo “afeta certamente a intimidade e, consequentemente, os relacionamentos íntimos e sexuais. Por isso, cada um deverá procurar sentir-se bem com o seu corpo, principalmente com a pele que veste, seja pelo procedimento cirúrgico ou por encarar o processo de envelhecimento da melhor forma possível”, diz.