Proteção + antioxidantes: Uma fotoproteção adequada deve incluir a prevenção dos danos oxidativos provocados pelas radiações ultravioletas.
Até há bem pouco tempo, os antioxidantes utilizavam-se como aditivos para proteger os produtos da ação do oxigénio do ar, mas agora já se provou que, acrescentando-os aos fotoprotetores, complementam as ações dos filtros químicos e físicos atuando frente à formação de radicais livres e estabilizando a fórmula.
O que fazem por si: Ajudam a travar e a reparar os processos oxidativos e danos no ADN, provocados pela radiação UVA, sendo de salientar que a sua capacidade de bloqueio frente aos raios UVB é muito limitada.
De há uns anos para cá, a investigação tem-se centrado nas substâncias antioxidantes com capacidade fotoprotetora, como as riboflavinas do chá preto, os aminoácidos tipo micosporina derivados das algas, o picnogenol, o licopeno, a cafeína ou a ubiquinona, entre outros. Muitos destes já são utilizados em dermocosmética para combater e retardar o fotoenvelhecimento.
Como encontrá-los: No rótulo das embalagens dos solares procure saber se contém vitamina E (aumenta a sua eficácia protetora combinada com a vitamina C); polifenóis do chá verde, betacarotenos, resveratrol, Butil hidroxianisol (BHA), Butil hidroxitolueno (BHT) e extratos vegetais como o extrato de alecrim, ácido fítico, licopeno, extrato de romã, extrato de tamarindo ou o pignogenol.
Não seja poupada! No ano passado passou quinze dias na praia e agora quer usar o protetor que lhe sobrou? Algo correu mal! Ou colocou pouca quantidade ou se esqueceu de voltar a aplicar a cada duas horas.
Recomenda-se uma dose de 2 mg por cm2. Isto é: para aplicar de forma homogénea a pele exposta ao sol, um corpo adulto deve necessitar de 20 ml. Se em plenas férias de verão, um frasco de 200 ml dura-lhe mais de 10 dias significa que não está a proteger-se devidamente, porque coloca muito pouco produto. Para além disso, os protetores solares, depois de abertos, estragam-se!
SPF 15, no mínimo. O melhor é não ter devaneios e optar por um índice de proteção médio ou alto (de 15 para cima). Ficará morena de forma progressiva e, dentro de uns anos, quando a sua pele continuar saudável e não um catálogo de manchas e rugas prematuras, agradecerá o conselho.
O fator de proteção 6 ou 8 produz uma falsa ideia de segurança porque pode travar em alguns casos as queimaduras que provocam os UVB mas não a protegem dos UVA, responsáveis pelo fotoenvelhecimento e cancro da pele.
Todos os fotoprotetores de amplo espetro, que a protegem tanto dos UVB como dos UVA têm como mínimo um SPF 15.
Resistente à água ou waterproof?
Se faz desporto ao ar livre, que sabemos que sim, saberá a importância das fórmulas que aguentam bem o suor e evitam que o protetor entre pelos olhos. Para navegar, fazer travessias a nado ou passear-se horas em cima de uma prancha de surf tem de procurar fórmulas resistentes à água.
Se o frasco indica water-resistant quer dizer que o fotoprotetor não perde a sua eficácia depois de 40 minutos de permanência na água; os waterproof aguentam mais de 80 minutos depois de entrar em contacto com a água.
E lembre-se de chegar às zonas normalmente esquecidas: orelhas, pescoço, lábios e peito do pé.
Cuidado com os solários! De acordo com o dr. Osvaldo Correia da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo “a exposição aos solários está perfeitamente desaconselhada (envelhecem precocemente a pele, favorecem aparecimento precoce de cancro da pele e não são seguros mesmo que usados com pouca frequência)”.
O nível de radiação UVA que se recebe nos solários pode ser até 10 vezes superior à exposição ao sol num dia ensolarado no Mediterrâneo, sendo que a sua utilização antes dos 30 anos aumenta em 75% o risco de melanoma.
Chapéu-de-sol: ajuda a aguentar o sol, mas não evita a radiação que se reflete na areia nem protege a 100% (a não ser que tenha uma tenda iglu).
Ao volante: Dependendo da hora do dia e do tempo que conduza tenha em conta que 35% dos raios UVA entram pela janela do carro mesmo que esteja hermeticamente fechada. Proteção a bordo? Sim, obrigada!
A síndrome do cabelo sem brilho: Hidratação, hidratação e mais hidratação. Cabeleireiros, esteticistas e cientistas concordam que este aspeto é o mais importante para que o seu cabelo não sofra no verão e se mantenha saudável, sedoso e brilhante.
Mas o calor faz com que se resseque, os raios UV atacam as suas proteínas, deixando-o mais frágil e quebradiço, os pigmentos oxidam apagando o seu brilho cor natural e o cloro da piscina dá aos cabelos louros uma tonalidade verde. Posto isto, o que fazemos ao cabelo? Durante o verão substitua o condicionador pela máscara.
Assim, conseguirá uma hidratação extra e a nutrição de que precisa para o seu cabelo. Se durante o dia não tem muito tempo, aplique um óleo para o cabelo do meio para as pontas e deixe atuar durante toda a noite. Na manhã seguinte, verá como tem o seu cabelo mais hidratado e saudável.
Existem alimentos que nos ajudam a ter uma pele mais hidratada, saudável e que a protegem dos danos provocados pelo sol. Estamos a falar de alimentos ricos em água, como as frutas em geral, cenouras, que são ricas em vitamina A, gérmen de trigo, que tem vitamina E, uma poderosa vitamina antioxidante, pimentos vermelhos, que contêm vitamina A e C, assim como a sardinha ou as nozes, ricos em ómega-3.
Quando se vai fazer uma exposição solar muito forte, imaginemos uma viagem para países africanos ou Caraíbas, onde o sol é extremamente forte, também poderá ser benéfico fazer uma suplementação em betacaroteno um a dois meses antes, para preparar a pele para essa exposição. Mas este tipo de suplementação só deve ser realizada com a indicação de um profissional de saúde qualificado.
+WH: Veja como se proteger do sol e evitar escaldões na galeria!