É um facto médico: passar tempo na natureza tem benefícios importantes para a saúde. "Desde que a pessoa goste, o contato com espaços verdes é muito benéfico para a nossa saúde mental e física; A comunhão com o meio natural pode potenciar a libertação da sensação de prazer e de liberdade, o que leva a uma redução da ansiedade. Cada vez mais há um estímulo maior para este tipo de conexão.
Por exemplo, vemos a necessidade das autarquias em criar mais opções e novos reforços de trilhos e passadiços perto da costa para que as pessoas possam usufruir desse tipo de contato, de modo a conseguirem ter uma maior sensação de prazer. Se as pessoas estão mais felizes, obviamente que a saúde também vai beneficiar dessa condição", explica Ana Correia de Oliveira, médica de medicina geral e familiar no Hospital Lusíadas do Porto.
Além da sensação de "bem-estar, de liberdade e de regresso às raízes", descrita pela médica, a ligação com espaços verdes e naturais tem outros benefícios comprovados pela ciência. Um estudo de 2019, publicado na revista Scientific Reports, revelou que fazer mergulho por apenas 120 minutos por semana pode ajudar a melhorar a nossa saúde e bem-estar de uma forma geral. Outros estudos revelaram que passar algum tempo na natureza pode aumentar a produção de dopamina, endorfinas e oxitocina e ainda estimular o nosso sistema imunológico. Mas isto não é tudo. Fique a saber o que descobrimos sobre os benefícios da vitamina N.
Além da diminuição do stress, uma investigação publicada na revista científica
Urban Forestry and Urban Greening revelou que a interação com meios
naturais aumenta a criatividade. Este estudo foi feito através da observação de um workshop de Forest Therapy (um tipo de terapia que explora o contato com a natureza) que durou três dias. Uma análise que mostrou que o desempenho criativo dos participantes aumentou em 27,74%. Além disso, a investigação concluiu que este tipo de ligação contribuiu para uma melhoria da saúde física e mental dos participantes, bem como para o aumento das emoções positivas e a redução das emoções negativas.
O termo japonês Shinrin-yoku (banhos de floresta) define uma prática que explora os benefícios da interação com a natureza. Um estudo publicado na revista científica Environmental Health and Preventive Medicine mostrou que os indivíduos que estiveram em contato com ambientes florestais obtiveram uma redução dos seus níveis de stress, tensão arterial mais baixa e batimentos cardíacos mais reduzidos, em comparação com os indivíduos que estiveram em contato com ambientes urbanos. Os especialistas afirmam que estes resultados contribuem para o desenvolvimento de um campo de investigação voltado para a medicina florestal, que poderá ser utilizado como estratégia para a medicina preventiva
As plantas parecem ter influência no desenvolvimento de uma recuperação após uma
cirurgia. Um estudo publicado na revista científica Alternative and Complementary
Medicine revelou que a visualização de plantas durante o período de recuperação após uma
cirurgia teve uma influência positiva nos resultados de saúde e de recuperação de doentes pós-cirurgia.
Os pacientes em quartos de hospital com plantas tiveram respostas fisiológicas significativamente mais positivas. Tensão arterial mais baixa, menos dor e menos fadiga foram os resultados apresentados por tal grupo. Estas foram as melhorias em comparação com os pacientes que estavam em salas de recuperação sem flores e plantas. Além disso, o primeiro grupo também se sentiu mais confiante.
Um estudo realizado pela Universidade de Harvard, nos EUA, revelou que espaços com mais vegetação estão associados à diminuição da mortalidade. Após entrevistarem 108 mil mulheres, os especialistas chegaram à conclusão de que a taxa de mortalidade daquelas que viviam mais perto de espaços verdes era 12% menor. Valor este comparando com aquelas que viviam em espaços sem qualquer tipo de vegetação.
Estas evidências são ainda mais fortes para as causas de morte que estão relacionados com cancro ou doenças respiratórias. Os cientistas acreditam que os espaços verdes estimulam as pessoas a praticarem atividade física. Ainda, aumentam o envolvimento social, levando assim a uma melhoria da saúde física e mental.
São vários os estudos que mostram que o contato com a natureza pode diminuir estados de depressão. Ana Correia de Oliveira afirmar que o facto de haver menos poluição na natureza e a própria atividade física resultante desse contato "vai ajudar tanto na ansiedade como na depressão. Mas sempre como um adjuvante do tratamento", diz-nos.
Já um estudo publicado na revista científica Environmental Psychology mostrou que apenas uma caminhada de 30 minutos num parque urbano reduziu significativamente o pensamento negativo e repetitivo em participantes saudáveis. Já a mesma caminhada na cidade sem elementos naturais não teve esse efeito. Além disso, o estudo indica que "'andar pela natureza' reduz o humor negativo. Por fim, suscita mais admiração e pensamentos voltados para o exterior do que andar pela cidade"
Por exemplo, vemos a necessidade das autarquias em criar mais opções e novos reforços de trilhos e passadiços perto da costa para que as pessoas possam usufruir desse tipo de contato, de modo a conseguirem ter uma maior sensação de prazer. Se as pessoas estão mais felizes, obviamente que a saúde também vai beneficiar dessa condição", explica Ana Correia de Oliveira, médica de medicina geral e familiar no Hospital Lusíadas do Porto.
Além da sensação de "bem-estar, de liberdade e de regresso às raízes", descrita pela médica, a ligação com espaços verdes e naturais tem outros benefícios comprovados pela ciência. Um estudo de 2019, publicado na revista Scientific Reports, revelou que fazer mergulho por apenas 120 minutos por semana pode ajudar a melhorar a nossa saúde e bem-estar de uma forma geral. Outros estudos revelaram que passar algum tempo na natureza pode aumentar a produção de dopamina, endorfinas e oxitocina e ainda estimular o nosso sistema imunológico. Mas isto não é tudo. Fique a saber o que descobrimos sobre os benefícios da vitamina N.
1 - Aumenta a criatividade
Além da diminuição do stress, uma investigação publicada na revista científica
Urban Forestry and Urban Greening revelou que a interação com meios
naturais aumenta a criatividade. Este estudo foi feito através da observação de um workshop de Forest Therapy (um tipo de terapia que explora o contato com a natureza) que durou três dias. Uma análise que mostrou que o desempenho criativo dos participantes aumentou em 27,74%. Além disso, a investigação concluiu que este tipo de ligação contribuiu para uma melhoria da saúde física e mental dos participantes, bem como para o aumento das emoções positivas e a redução das emoções negativas.
2 - Reduz o stress
O termo japonês Shinrin-yoku (banhos de floresta) define uma prática que explora os benefícios da interação com a natureza. Um estudo publicado na revista científica Environmental Health and Preventive Medicine mostrou que os indivíduos que estiveram em contato com ambientes florestais obtiveram uma redução dos seus níveis de stress, tensão arterial mais baixa e batimentos cardíacos mais reduzidos, em comparação com os indivíduos que estiveram em contato com ambientes urbanos. Os especialistas afirmam que estes resultados contribuem para o desenvolvimento de um campo de investigação voltado para a medicina florestal, que poderá ser utilizado como estratégia para a medicina preventiva
3 - Ajuda no processo de cura
As plantas parecem ter influência no desenvolvimento de uma recuperação após uma
cirurgia. Um estudo publicado na revista científica Alternative and Complementary
Medicine revelou que a visualização de plantas durante o período de recuperação após uma
cirurgia teve uma influência positiva nos resultados de saúde e de recuperação de doentes pós-cirurgia.
Os pacientes em quartos de hospital com plantas tiveram respostas fisiológicas significativamente mais positivas. Tensão arterial mais baixa, menos dor e menos fadiga foram os resultados apresentados por tal grupo. Estas foram as melhorias em comparação com os pacientes que estavam em salas de recuperação sem flores e plantas. Além disso, o primeiro grupo também se sentiu mais confiante.
4 - Aumenta a esperança média de vida
Um estudo realizado pela Universidade de Harvard, nos EUA, revelou que espaços com mais vegetação estão associados à diminuição da mortalidade. Após entrevistarem 108 mil mulheres, os especialistas chegaram à conclusão de que a taxa de mortalidade daquelas que viviam mais perto de espaços verdes era 12% menor. Valor este comparando com aquelas que viviam em espaços sem qualquer tipo de vegetação.
Estas evidências são ainda mais fortes para as causas de morte que estão relacionados com cancro ou doenças respiratórias. Os cientistas acreditam que os espaços verdes estimulam as pessoas a praticarem atividade física. Ainda, aumentam o envolvimento social, levando assim a uma melhoria da saúde física e mental.
5 - Diminui os pensamentos negativos
São vários os estudos que mostram que o contato com a natureza pode diminuir estados de depressão. Ana Correia de Oliveira afirmar que o facto de haver menos poluição na natureza e a própria atividade física resultante desse contato "vai ajudar tanto na ansiedade como na depressão. Mas sempre como um adjuvante do tratamento", diz-nos.
Já um estudo publicado na revista científica Environmental Psychology mostrou que apenas uma caminhada de 30 minutos num parque urbano reduziu significativamente o pensamento negativo e repetitivo em participantes saudáveis. Já a mesma caminhada na cidade sem elementos naturais não teve esse efeito. Além disso, o estudo indica que "'andar pela natureza' reduz o humor negativo. Por fim, suscita mais admiração e pensamentos voltados para o exterior do que andar pela cidade"